segunda-feira, 27 de junho de 2011

A pele do bebê no inverno

Veja 4 dicas para cuidar da pele do seu filho nesta estação


Basta o tempo esfriar para nos abastecermos de cremes e hidratantes. A nossa pele resseca, mas não necessariamente a do recém-nascido. “O hidratante só é indicado em bebês se houver necessidade: se a pele estiver áspera e esbranquiçada”, explica Silmara Cestari, coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Na hora de escolher o produto, dê preferência a cremes sem perfumes e hipoalergêncios e...

...prefira limpara o nariz da criança com água corrente. Se estiver fora de casa, use lenço descartável e não fraldas ou lenços umedecidos. “O tecido pode se tornar meio de cultura de bactérias. Use lenços descartáveis, uma só vez”, diz a médica.

...use vaselina e pomadas contra assaduras para proteger a área do nariz. A vaselina cria uma barreira para proteger a pele, mas, atenção: há o risco de formar um toldo que manterá as bactérias ali se houver inflamação no local.

...diminua o tempo de banho para, no máximo, 10 minutos. A temperatura tem de ser agradável, mas o menos quente possível. Use pouco sabão e prefira os glicerinados e os infantis.

...evite o uso de roupas de lã em contato com a pele. A lã e os tecidos sintéticos ressecam a pele. Por isso, use sempre peças de algodão por baixo. Na hora de dormir, um lençol com a dobra larga protege o rosto do bebê do contato com o cobertor. 

Fonte: Revista Crescer

sábado, 25 de junho de 2011

Nariz entupido

Como aliviar esse desconforto na hora que as crianças pegam uma gripe ou resfriado


Você sabia que o nariz é a porta de entrada do sistema respiratório e, assim, o local onde ocorre o início de uma infecção no seu filho? Bastam os vírus se instalarem nos cílios e mucosas nasais para dar início a um mecanismo de defesa. Então há grande produção de secreção, como forma de o organismo gerar anticorpos e outros elementos para combater os vírus responsáveis pelas doenças respiratórias. Pronto! O nariz do seu filho entupiu.

Para aliviar o desconforto e melhorar a respiração, deve-se fazer lavagens nasais com solução fisiológica e sempre estimular que a criança assoe o nariz várias vezes ao dia. Mesmo assim, a respiração pode ficar mais prejudicada ao anoitecer e, principalmente, quando ela deitar. Uma dica que ajuda é elevar um pouco o travesseiro e até investir em inalação com soro fisiológico para desentupir as vias aéreas.

Nos bebês, que ainda não conseguem assoar o nariz por conta própria, pode-se utilizar um bulbo macio de borracha para aspirar a secreção espessa. E lembre-se! Nunca use descongestionantes ou antiinflamatórios sem prescrição do pediatra do seu filho. Outras atitudes que ajudam são o cuidado com a casa:

- Para eliminar o pó, limpe a casa com pano úmido e aspirador diariamente. As vassouras levantam poeira;

- Troque as roupas de cama da criança duas vezes por semana;

- Retire tapetes, carpetes e bichos de pelúcia do quarto da criança;

- Não entulhe coisas em estantes, para evitar acúmulo de poeira e piorar ainda mais o desconforto do seu filho. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Uma mãe melhor (ainda) depois da separação


No meio das dificuldades que chegam após a separação, muitas mulheres descobrem que se tornaram mães ainda melhores. A jornalista Katia Michelle Bezerra, mãe de Helena, 7 anos, e separada há dois, conta como isso aconteceu com ela e com outras mulheres que já não vivem mais junto com o pai de seus filhos

Logo que me separei, estava em uma viagem de trabalho e um rapaz muito bonito se aproximou de mim no aeroporto, puxando conversa: ‘Você viaja muito?’, perguntou. Eu logo disparei, com olhos marejados: ‘Não. Depois que minha filha nasceu, fiquei mais em casa e depois da separação é ainda mais difícil deixá-la’. O que um desconhecido no aeroporto tem a ver com uma situação tão íntima vivida por mim, que normalmente sou bem mais discreta, eu não sei. Mas sei que eu queria afastar qualquer risco de distração de uma maternidade que estava cada dia mais latente.

Quando me casei, queria uma família. Nunca cogitei não ter filhos, apesar dos médicos serem meio reticentes quanto à minha fertilidade. Não foi uma obsessão, mas, quando engravidei, borboletas passaram a voar dentro de mim. Fiquei completamente apaixonada pela ideia de que um ser crescia dentro de mim e nem me dei conta que aqui fora as coisas começavam a degringolar. Helena nasceu há sete anos e me trouxe um outro dia a dia que eu tive que aprender aos poucos, assim como ela ia crescendo.

Quando minha filha tinha 5 anos, depois de algumas idas e vindas, eu e o pai dela nos separamos definitivamente. A partir daí, nós duas ganhamos de presente uma nova vida também. Quando duas pessoas têm um filho, duas culturas e seus conjuntos de crenças se unem para uma educação. Sozinha, eu tive que decidir se a fada do dente existe, se o coelhinho deixa pegadas na Páscoa e se o Papai Noel joga os presentes pelo telhado ou os deixa na porta da frente. Além é claro, de coisas bem práticas: artesanato ou natação depois da aula? Sobra dinheiro para isso? Ela continua na mesma escola, cuja mensalidade não consigo dar conta sozinha?

Me deparar com todas essas responsabilidades me deu medo. Mas quando se tem uma pessoa dependendo de você, o medo também impulsiona para frente. Não sei quem foi que disse que a gente precisa aprender a viver o que não planejamos. E lá estava eu, ou melhor, nós, em um vida que nunca pensei ter, mas à qual precisava me adaptar bem rapidinho.

Sem família na cidade onde moro, me mudei para perto da escola para facilitar a logística, troquei de emprego para algo mais estável e fui me adaptando às situações e suas adversidades. Nos primeiros meses, me voltei completamente para a Helena. Eu, que já era supreprotetora, tentei protegê-la ainda mais. Ficava tão perto, cuidando para que ela não sofresse, que nem me dei conta que talvez a estivesse sufocando.

ESTOURE A BOLHA

A verdade é que crianças se adaptam com muita facilidade às novas situações. Uma vez, uma colega olhou para minha filha com cara de dó e disse: ‘Que bom, agora você terá duas casas e vai ganhar dois presentes de Natal: um do papai e outro da mamãe’. E ela prontamente respondeu: ‘Mas é o Papai Noel quem traz os presentes!’ Na sua simplicidade, Helena foi resolvendo as coisas, o que não impediu, claro, de alergias aparecerem e o comportamento ficar mais arredio na escola.

A cada novo sintoma eu procurava a solução que achava mais rápida: homeopatia, terapia, deixar dormir mais tarde. Um chocolate? Não acho que tenha passado do ponto, mas vejo outras situações em que a mãe quer compensar a ‘perda’ de alguma forma e acaba exagerando no trato com a criança. Olhando para trás eu acho, sim, que me equivoquei em algumas situações. Era como se eu quisesse transformá-la na menina-bolha, igual àquele filme do John Travolta, ou forrar a terra inteira de colchões macios para que qualquer queda dela – física ou emocional – não doesse tanto quanto aquilo que eu estava sentindo.

Com o tempo, aprendi a não ser tão superprotetora. Entendi que as adversidades são também um motivo de crescimento e a cada dia a estimulo mais a desenvolver suas habilidades e a tomar decisões sozinha, do alto da maturidade dos seus 7 anos. Um exemplo? Depois de quase dois anos entre indas e vindas na minha cama, hoje ela é a primeira a ir para o quarto dela. Lê um livro, grita boa noite e apaga a luz, enquanto eu fico pensando no quanto ela amadureceu – e eu também – depois da separação.

NEM SEMPRE É RUIM

A psicóloga Lidia Weber, autora de mais de 15 livros sobre educação infantil, diz que as mães são quase sempre exageradas e isso fica mais evidente ainda com a separação. ‘Quando as mães se separam, acabam ficando sobrecarregadas com o dia a dia e elas são superlativas em tudo em relação ao pai, tanto para as coisas boas quanto para as coisas ruins’, diz.

Para ela, essa sobrecarga, somada à queda na situação econômica que normalmente uma separação acarreta, deixa as mães mais estressadas e consequentemente mais aptas a práticas inadequadas. Ela acompanhou uma pesquisa com 400 estudantes universitários que foi apresentada recentemente em um congresso na Itália. ‘É o que chamamos de pesquisa retroativa. Para saber como as mães agem, não adianta perguntar a elas e sim para os filhos’, explica.

Foram classificados cinco tipos de mães, baseados nas respostas e situação dos filhos na casa dos 20 anos: mães ótimas; mães em crise conjugal; mães medianas; mães zangadas e mães terríveis. ‘A maioria das mães que se separam são do segundo grupo, pois mesmo depois da separação não deixam de brigar com os ex-maridos’. Se a relação com o parceiro é ruim, isso pode causar problemas à criança. Nem sempre uma boa mãe vai conseguir lidar bem emocionalmente com a separação, portanto, é preciso que você se cuide e, se precisar de ajuda, procure um terapeuta

E, sobre isso, preciso dizer que tenho muito a aprender. Ainda não consegui enterrar todas as mágoas, mas é uma luta constante para mim. Tento ser cordial, mas percebo que isso é pouco para pais de uma menina linda e inteligente como Helena.

A boa notícia é que essa situação não acontece com todo o mundo. É possível ter separações tranquilas, quando pais e mães colocam a educação e o bem-estar dos filhos acima de tudo. ‘Existe uma solução para tudo. Nós aprendemos nossos comportamentos e quando tomamos consciência de que algo está errado, podemos mudar’, enfatiza a psicóloga. 

domingo, 19 de junho de 2011

Especial Funcionou Comigo: Você é separada e seu filho não quer que você namore?

Separação


A Gabriela vira e mexe fala pra mim que as minhas amigas podem namorar, mas eu, não. Sou separada e quero que ela entenda e aceite se eu tiver um namorado no futuro. Como posso explicar isso para ela? Késia Marina, 37, mãe de Gabriela, 4 anos

Que tal um novo amigo?

Quando encontrei alguém de novo, foi um amigo que ele já conhecia e chamava de tio. Aos poucos fui contando que estávamos namorando. Agora estamos noivos e meu filho está superanimado com o casamento. Lília Gusmão, 39, mãe de Guilherme, 9 anos

Mostre exemplos de outras pessoas

Não adianta querer fazer com que a criança entenda a qualquer custo algo tão complexo. Mostre exemplos, seja de famosos ou de alguém próximo a vocês. É uma forma de ela concretizar e ver que não há nada de errado com isso. Carla Silva, 38 , mãe de Pedro, 5 anos

Ela também vai namorar um dia

Expliquei, de maneira bem simples, que ainda era jovem e que é normal as pessoas adultas que se separam querer voltar a namorar. Disse que um dia ele também vai ser grande e vai querer namorar. Ele não gostou e até acho que não entendeu de primeira, mas é importante mostrar que é algo natural. Roberta Fernandes, 34, mãe de Christian, 4 anos

Veja se o problema não é com você

Percebi que olhar para outro homem era muito mais uma dificuldade minha de lidar com as mudanças do que do meu filho. Eu achava estranho essa história de namorado que não fosse o pai dele. Se isso estiver resolvido para você, tenho certeza que dará certo. Mostre que pai é pai e namorado é outra coisa! Amanda Vieira, 36, mãe de Gustavo, 7 anos

Vá aos poucos

Quando conheci o meu noivo, minha filha teve muito ciúme. Começamos a passear, viajar juntos e ele procurava participar do que ela estava fazendo, sem forçar uma situação. Aos poucos ele criou uma confiança e hoje é ela que o chama para brincar! Priscila dos Santos, 28, mãe de Cecilia, 2 anos e 7 meses

Diga que o namorado não vai tomar o lugar dela

A criança pode sentir que um namorado vai tirar o tempo que ela tem com você. Mostre para a sua filha que o namorado não vai tomar o lugar dela e que vocês poderão fazer muitas coisas juntos. Carla Maria Lopes, 41, mãe de Leonardo, 5 anos

O que diz a especialista?

Caso você tenha se divorciado recentemente, será preciso conversar com a sua filha sobre o assunto. Nesse momento, ela está com medo de ser deixada de lado e você precisa passar segurança e conforto. Analise a situação como um todo, para saber qual é a melhor forma de lidar com isso, tanto para você quanto para o seu ex-marido. Mostre o quanto você e o pai dela a amam, mas explique que vocês decidiram se separar porque não estavam felizes juntos, e que agora, como está sozinha, pode precisar da companhia de outro adulto. Apresente o namorado primeiro como um amigo, pergunte se ela quer conhecê-lo e crie oportunidades para que saiam juntos. Vá aos poucos para que ela se sinta segura e respeitada.

Fonte: Judith Wallerstein, psicóloga norte-americana especializada nos efeitos do divórcio nas crianças, nos pais e no casamento, autora dos livros Filhos Do Divórcio (ED. loyola) e Sobrevivendo à Separação (Ed. Artmed)</

sábado, 18 de junho de 2011

Paralisia infantil e sarampo: campanha simultânea de vacinação começa sábado (18)

O governo pretende imunizar mais de 14 milhões de crianças contra a poliomielite e mais de 17 milhões contra o sarampo. Fique atenta ao calendário de vacinação do seu filho!


Se seu filho tem menos de 5 anos, é preciso levá-lo a um posto de saúde em breve para a vacinação contra a poliomielite (doença que pode causar paralisia infantil). A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite, promovida pelo do Sistema Único de Saúde (SUS), começa no dia 18 de junho, sábado, e vai até 22 de julho em postos de saúde de todo o país. A segunda fase, onde as crianças recebem o reforço, acontecerá entre 13 de agosto e 16 de setembro. Nesse ano, a campanha vem com uma novidade: todos os estados brasileiros, mais o Distrito Federal, irão vacinar crianças entre 1 ano e menores de 7 contra o sarampo nos mesmos dias da imunização contra a pólio.

Mesmo que o seu filho tomado a vacina tríplice viral (que o protege contra sarampo, rubéola e caxumba) recentemente, ele tem de ser vacinado outra vez agora. Isso porque essa campanha do governo, que em geral ocorre em intervalos de três a cinco anos para reforçar a proteção das crianças contra o sarampo, foi antecipada em oito estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas, Minas Gerais e Pernambuco) por conta de um surto da doença na Europa. Nessas regiões, há um maior fluxo turístico no meio do ano por conta das férias escolares. Nos demais estados, a imunização vai começar em agosto, junto com a 2° fase da imunização contra poliomielite.

Sarampo

O sarampo é uma doença aguda, altamente contagiosa, transmitida por vírus. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, exantema (manchas avermelhadas), coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. A vacina é forma mais eficaz de prevenção.

Restrições

As restrições das gotinhas contra a poliomelite ficam para as crianças que estiverem com infecções agudas, febre acima de 38 ºC, diarreia, vômito, alergia a algum componente da vacina, como a estreptomicina e eritromicina, já apresentaram reação anormal às gotinhas (Sabin) ou crianças com deficiência imunológica em tratamento com imunossupressores. Mas vale consultar o pediatra da criança sobre a vacina. Além disso, não há contraindicação pelo fato de a criança tomar as duas vacinas, pólio e sarampo, juntas, no mesmo dia.

Outra forma de prevenção da poliomielite

Essa, no entanto, não é a única opção para proteger o seu filho contra a poliomielite. Nas clínicas particulares de vacinação, a alternativa, com a mesma eficácia, é a Salk (a dose é aplicada conjugada com outra vacina dependendo da idade da criança, e o preço fica em torno de R$ 200). A diferença entre elas está na composição. A Salk é feita com vírus morto (inativo) e é injetável. A Sabin, gratuita, é feita com vírus vivo e atenuado, aplicada via oral.

As dosagens de ambas no calendário de vacinação são as mesmas. As primeiras devem acontecer aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15 meses e outro dos 4 aos 6 anos. Recebendo um dos tipos de vacina e nas idades recomendadas, seu filho já está protegido contra a doença. Isso não quer dizer que ele não possa participar das campanhas realizadas pelo Ministério da Saúde em termos de saúde pública.

“É fundamental manter a cobertura contra a poliomielite, porque, apesar de não haver mais casos no Brasil, ela não está erradicada em todo o mundo. Por isso, o risco de a doença voltar sempre existe, principalmente se alguém vem ao país com o vírus e encontra uma população desprotegida”, afirma Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, da Sociedade Brasileira de Imunização. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que em 2008 foram registrados 1.640 casos da doença, sendo que Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão são considerados endêmicos.

A OMS está discutindo a substituição da Sabin pela Salk. Isso porque há uma possibilidade de a criança desenvolver a doença por conta da vacina. “Uma vez que o vírus está vivo, eventualmente ele pode sofrer uma mutação no intestino da criança e provocar a paralisia. Mas isso é raro e a chance é maior nas primeiras doses de vida. A média de casos como esse é de 1 para cada 2 milhões de doses", diz Kfouri. Por esse motivo, segundo o especialista, há países, como Estados Unidos e Austrália, que já não utilizam mais as gotinhas. 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

As crianças de hoje são mais fracas?


Novo estudo diz que sim. Segundo o pesquisador, a explicação é simples: hoje se passa mais tempo em atividades que não exigem esforço físico, como navegar na internet. Confira

Puxe pela memória. Quais eram as suas brincadeiras preferidas na infância? Empinar a pipa, subir na árvore, pular amarelinha, carrinho de rolimã...

Agora pense em que seu filho gosta de fazer para se divertir. Jogar videogame, navegar na internet e assistir televisão fazem parte da lista dele? Segundo um novo estudo conduzido pelo pesquisador esportivo Gavin Sandercock, da Universidade de Essex, na Inglaterra, as crianças de hoje são mais fracas do que há dez anos. E a resposta para essa perda de força muscular, segundo a pesquisa, está justamente nessa mudança de hábitos na infância.

Gavin descobriu que as crianças com 10 anos em 2008 estavam muito mais fracas do que as crianças que tinham essa mesma idade em 1998. “Eles se recusavam a fazer exercícios, muitas, aliás, nem sabia como começar”, diz Sandercock.

A pesquisa mostra ainda que, em dez anos, a quantidade de crianças que conseguiam fazer abdominais diminui 27% e dobrou o número dos que não se sustentavam o próprio peso em uma barra.

“Houve uma mudança no repertório das habilidades físicas das crianças", diz o professor Luiz Eduardo Greco, assessor na área de educação física da escola Projeto Vida, em São Paulo. "Elas deixaram de brincar na rua e subir em árvore para navegar na internet e jogar videogame, ou seja, perderam espaço para brincar, mudaram o repertório e, claro, tiveram a capacidade física diminuída”, completa.

E passar a fase mais ativa da vida sentado em frente a um computador por horas só pode trazer problemas. Segundo a pesquisa, por não ter uma musculatura desenvolvida, essas crianças quando adultas podem desenvolver osteoporose, um enfraquecimento dos ossos que aumenta o risco de fraturas.

Mas, o que fazer para tirar essa garotada do sofá? Para Luiz, a primeira coisa é o incentivo. Ajude seu filho a encontrar uma atividade física que ele goste e, claro, brinquem ao ar livre sempre que possível. “Para brincar, criança precisa de espaço e companhia. Energia, elas já têm de sobra", diz. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Dormir do lado esquerdo na gravidez é mais seguro para o bebê?


É o que diz um novo estudo. Ele mostra que gestantes que deitam viradas para o lado direito nas últimas noites antes do parto têm duas vezes mais chance de terem bebês natimortos. Saiba mais

Quando vai chegando perto dos últimos meses, os desconfortos na hora de dormir aumentam. Além da vontade de ir ao banheiro a todo momento, você gasta um tempo virando de lá para cá até encontrar uma posição ideal para acomodar o barrigão. E ela é fundamental! De acordo com uma nova pesquisa feita na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, dormir do lado esquerdo é mais seguro para a saúde do seu bebê.

Segundo os cientistas, gestantes que dormem sobre o lado direito do corpo ou com a barriga para cima no fim da gravidez têm duas vezes mais chances de morte prematura do bebê do que as mães que dormem apoiadas sobre o lado esquerdo.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram 310 mulheres neozelandesas que estavam grávidas e outras 155 que tiveram bebês natimortos quando estavam por volta da 28ª semana de gravidez, entre 2006 e 2009. As mães responderam a perguntas sobre a posição em que dormiam, a duração do sono e se acordavam frequentemente antes da gravidez, durante o último mês, semana e noite antes do parto.

Os cientistas queriam examinar também o efeito de distúrbios do sono, como apneia e ronco, na gravidez, já que eles poderiam causar a diminuição do oxigênio que chega ao bebê. No entanto, a análise dos casos mostrou que a posição em que as mães dormiam era um fator determinante das mortes prematuras.

Uma das possibilidades apontadas pela análise é a de que quando a mãe dorme de costas ou sobre o lado direito, o feto poderia comprimir sua veia cava inferior, que leva o sangue para o coração. Isso diminuiria a quantidade de sangue oxigenado que volta do coração para os órgãos da mãe e, em consequência, para o bebê.

Para o obstetra Edilson Ogeda, do Hospital Samaritano, em São Paulo, a pesquisa é o pontapé inicial para outras maiores. "O estudo reforça uma recomendação dos médicos para as gestantes, pelo fato de que ela vai se sentir melhor ao se deitar do lado esquerdo. Nessa posição, ela não comprime a veia cava", diz. De barriga para cima ou deitada do lado direito, a grávida pode sentir falta de ar, sudorese fria e enjoo.

Mas fique calma! Isso não quer dizer que, se você despertar no meio da noite em uma dessas posições menos confortáveis, seu bebê corre risco de vida. "Outros estudos ainda são necessários para se afirmar essa relação", afirma a pesquisadora Tomasina Stacey, da Universidade de Auckland.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Crianças comem mais vegetais quando podem escolher

Pesquisa espanhola revela que quanto mais opções, maiores são as chances de seu filho aceitar aquela salada


Couve? Abobrinha? Alface? Cenoura? Se diante dessas opções, a resposta do seu filho é sempre NÃO, talvez, seja a hora de mudar de atitude. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Granada, na Espanha, mostrou que as crianças comem até 80% mais vegetais quando elas podem escolher entre diversas verduras.

O estudo foi feito pela Fundação Educa Granada com 150 crianças, menores de 6 anos, de quatro escolas públicas. A estratégia foi permitir que algumas crianças pudessem escolher os vegetais durante as refeições – e compará-las com outras que tinham apenas uma opção. O resultado da análise mostrou que aquelas que tiveram a possibilidade de escolher o alimento ingeriram cerca de 20 gramas a mais por refeição – ou 40 gramas por dia, considerando almoço e jantar. Os autores avaliaram que o percentual a mais ingerido foi “bastante relevante".

Para a nutricionista pediátrica Priscilla Kakitsuka, do Hospital Samaritano (SP), a pesquisa faz todo sentido. "Quando a criança pode optar, a chance de ela aceitar o legume é maior do que quando há apenas um único no prato”, diz. E a especialista conta, ainda, uma experiência que reforça o estudo. "No hospital, depois que criamos um cardápio com opções para as crianças internadas escolherem, observamos que a taxa de rejeição da salada ou legume diminuiu."

OK. Na correria do dia a dia, quem consegue preparar uma variedade grande de verduras e legumes? Uma dica é, entre dois ou três tipos, você perguntar para o seu filho antes de preparar qual ele prefere. Você também pode numa simples salada de alface, por exemplo, incluir uma cenoura ralada e tomate-cereja. Com isso, você já está aumentando a chance de escolha.

A pesquisa também apontou que alguns alimentos – como espinafre, couve, cebola, acelga e brócolis – são mais rejeitados, por causa do gosto amargo, proveniente do cálcio. Mas nem por isso você deve deixar de oferecê-los. Não se esqueça de que o seu incentivo - e exemplo - também vai fazer toda a diferença na hora da refeição. E, sempre que puder, inclua o seu filho no preparo desses pratos com folhas. Ele vai adorar!

terça-feira, 14 de junho de 2011

É normal ter crises de autoestima na gravidez?

Sim, principalmente nos primeiros meses. Saiba como lidar com esse sentimento
Você acaba de descobrir que está grávida, e não aguenta de tanta felicidade. Mas, nos primeiros meses, pode aparecer uma crise de autoestima. Um dos motivos mais comuns é porque você ainda não se sente grávida – a barriga não aparece, além da variação dos hormônios que mexe com as emoções. Veja algumas dicas para aproveitar essa fase.

Mude o visual: Já que não dá para pintar o cabelo, escolha um corte diferente, como um repicado nas pontas.

Compre uma roupa de grávida: Não é para gastar o salário todo, mas vale a pena escolher algumas peças para usar durante a gravidez. Dê preferência para os clássicos, como uma camisa branca, uma calça jeans e um vestido.

Abuse dos cremes: A barriga não apareceu, mas você já pode começar a usar cremes, como óleo de amêndoa, para preparar a pele, que em breve vai esticar.

Fonte: Luciana Taliberti, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Para não dar cabeçadas


 Criança quando bate a cabeça quase sempre é motivo de pânico para a mãe, o pai ou quem mais estiver por perto. Prevenir é o melhor, mas um galo ou outro será inevitável na vida de seu filho. Saiba o que fazer quando se deparar com esse acidente tão típico da infância


A CABEÇA DO BEBÊ

Os bebês geralmente ficam em locais muito altos se levarmos em conta o seu tamanho – isso inclui o seu colo –, e uma queda fica mais perigosa. Os riscos aumentam quando eles começam a se movimentar sozinhos. Mas sabe aquela coisa de dizer que a natureza é sábia? “A cabeça do bebê é mais resistente aos traumatismos já que, como ainda está em crescimento, tolera melhor pequenos aumentos da pressão intracraniana”, explica o pediatra Márcio Moreira, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Isso também diminui os riscos de fraturas. Por outro lado, uma lesão interna é mais difícil de ser identificada.
 
MOLEIRA E O DESEQUILÍBRIO

Você sabia que a cabeça do bebê mede um terço de seu tamanho total ao nascer e atinge 50% em poucos meses? Por isso crianças pequenas se desequilibram fácil: sua cabeça é grande e pesada em relação ao corpo. A fontanela ou moleira permite esse crescimento e se fecha entre os 12 e os 24 meses. Se houver choque nessa região, observe se a moleira incha ou afunda. “Crianças aprendem muito rápido. Se um dia não rolavam ou ficavam em pé, no outro já conseguem. É a novidade de se sustentar e se mover que causa os desequilíbrios”, explica Carlos Augusto Takeuchi, neurologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará (SP).
 
ONDE MORA O PERIGO

A intensidade da pancada é o que mais importa. No entanto, o local onde ela ocorre precisa ser levado em conta. Nos bebês, a região da moleira é uma das mais sensíveis assim como, em qualquer idade, a área atrás das orelhas, bem na lateral da cabeça. Por ali passam artérias que podem se romper, criando hematomas.
 
CUIDADOS IMEDIATOS

Tente não entrar em pânico. A criança já vai estar assustada e acalmá-la fará com que você possa avaliar melhor a situação. Tombos e trombadas fazem parte do aprendizado. Passado o susto, observe se há cortes, sangramentos ou hematomas (os famosos roxos). Você pode fazer compressa com gelo, sempre protegido por um pano, para diminuir o inchaço. Você não pode: passar pasta de dente nem colocar nada quente, pois dilata os vasos sanguíneos. Se a criança ficar bem logo, dá para observá-la em casa. As 12 horas seguintes à batida são as mais importantes, mas fique atento pelos próximos dois dias se não há nenhuma alteração de comportamento. Um estudo publicado na edição deste mês da revista Pediatrics analisou 40 mil casos e apontou que, com um pouco de observação, as tomografias e raios X em crianças que batem a cabeça poderiam ser reduzidos para a metade. Em caso de dúvida, ligue para o pediatra.
 
CASO DE PRONTO-SOCORRO

Se o seu filho desmaiar, vomitar uma ou mais vezes, mostrar desorientação, continuar muito irritado após 15 minutos da queda, ficar muito mole e sem pique ou se o machucado não parar de sangrar, não pense duas vezes e vá ao hospital. Esses sintomas podem aparecer mesmo horas depois.
 
DORMIR OU NÃO DORMIR

As instruções não são tão rígidas assim. Você pode, sim, deixar seu filho dormir. A sonolência é normal após a batida e uma cochilada de até 20 minutos ajuda a relaxar. O que não pode é um sono muito profundo por mais de três horas seguidas, em que a criança não acorda logo que você chama ou para mamar, no caso dos bebês
 
PERGUNTE PARA O SEU FILHO

Se ele já sabe falar, pergunte se ele está tonto, enjoado, onde dói, se sente sono. No caso de você não estar por perto na hora do acidente, pergunte para a pessoa que estava com ele: o que estava fazendo quando bateu a cabeça; se estava em pé, sentado, correndo; de qual altura e de onde caiu; em que parte da cabeça foi a pancada e como foram as reações de seu filho.
 
PREVENÇÃO, O MELHOR REMÉDIO

“Por estar no colchão, as pessoas acham que a cama do casal é segura, mas não é nada se a criança estiver lá sozinha”, alerta Simone de Campos Vieira Abib, cirurgiã pediátrica da Unifesp e presidente da ONG Criança Segura. Berços devem ser regulados: conforme seu filho começa a ficar em pé e se apoiar nas laterais, posicione a grade acima da linha dos mamilos, para evitar quedas. Retire tudo que puder servir de apoio. Se ele já cresceu demais, é hora de passá-lo para a cama. Proteja escadas com grades e ensine que ele não deve subir na privada com a tampa fechada, pois ela pode se quebrar. E, por último, a regra mais importante: um adulto sempre por perto e sempre atento.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Casal precisa se adaptar à chegada do primeiro filho

Bebê causa mudanças na rotina que podem levar a problemas no relacionamento 


Dia desses fui assistir à peça "A história de nós 2", que trata de um casal em crise após o nascimento do filho. Quem me indicou a peça foi uma mãe do meu grupo mãe-bebê, que disse ter se identificado com a história. Tive que ir conferir. É uma comédia, mas, como toda brincadeira, tem um fundo de verdade. Então, pude entender porque essa peça tem tocado tanto o coração de mulheres no puerpério (fase pós-parto).

Que o relacionamento do casal muda após o nascimento do filho, é óbvio. Mas será que tem que ser tão complicado como mostrado na peça e como tenho visto com um grande número de mulheres que conheço?

Alexandra Richter e Marcelo Valle capricham na interpretação do texto de Lícia Manzo. Interpretam um casal como tantos que conhecemos: se conhecem, casam e, um dia, descobrem que serão pais. A notícia cai como uma bomba. Na vida real é bem assim: a descoberta da gravidez traz sentimentos contraditórios. 
Por mais que o casal queira o filho, saber que ele está na barriga da mãe e em poucos meses estará nos braços dos dois pode dar um nó na cabeça da mulher e do homem. Por tabela, o casal pode entrar em crise. É preciso reorganizar a relação para entrar nesta nova fase de corpo e alma. Homem e mulher, agora, serão também pai e mãe de uma criança indefesa e dependente deles por um longo período de tempo. Isso pode provocar muito medo e insegurança.

Na peça, o grande problema do casal após o nascimento do filho é a vida sexual, que fica em segundo plano. A mulher vive de camisola, com um coque horroroso na cabeça e uma fralda de pano suja pendurada no ombro. E, claro, morta de cansada por conta das demandas do bebê e da casa. O homem sai para trabalhar e quando volta quer a mulher, mas só encontra a mãe. "Como pode? Onde está a mulher que casei?", ele se questiona. Por conseguinte, o homem começa a ficar mais na rua, sair com amigos e ter atitudes infantis enquanto a mulher espera que ele seja mais maduro e participativo, assumindo o seu papel de pai.

O que vou escrever é meio clichê, mas é exatamente o que pode salvar a relação: diálogo, diálogo e mais diálogo entre o casal. Cada um expor os seus sentimentos, sem um jogar as culpas pelos problemas no outro, é fundamental. É preciso que um se coloque no lugar do outro. Ser empático faz uma boa diferença. Só percebendo os sentimentos de cada um, as suas necessidades e obrigações advindas dessa nova realidade, que será possível buscar uma solução.

Empurrar os problemas com a barriga não leva a nada, aliás, pode levar à separação do casal. O momento é difícil para os dois. Para a mulher, principalmente, devido à sobrecarga física e emocional. É natural que o homem fique em segundo plano, por conta das necessidades do bebê, e se sinta abandonado. Por isso, não se pode perder de vista, que, além do bebê, homem e mulher também precisam de cuidados. Precisam cuidar um do outro! 
Aproveitem aquela visitinha que a vovó ou a dindinha fazem de vez em quando e deixem o bebê com elas. Confiem nas pessoas que lhes dão apoio diariamente. Saiam a sós! Nem que seja para tomar um suco na esquina de mãos dadas, como nos tempos de namoro!

Aos poucos, esta fase difícil vai ficando para trás. É um momento difícil, mas, se bem conduzido pelo casal, não se transforma em uma vida inteira. E é possível torná-la mais fácil e, por que não, com sexo. Havendo amor e vontade de ficar junto, vale à pena investir no homem e na mulher que já foram um dia e deixar surgir naturalmente o pai e a mãe, que agora habitarão, também, a vida de cada um de vocês.

Resumindo: uma coisa é ser pai e mãe, outra é ser marido e mulher. Um papel não pode impedir ou anular o outro. Por mais trabalho que dê integrar essas duas coisas de forma harmônica, esse é um objetivo que deve ser seguido com determinação, coragem e, sobretudo, cumplicidade. O filho agradece, o pai agradece e a mulher agradece!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Crianças que dormem pouco podem sofrer com aumento de peso

Cada hora de sono diminui mais de duas vezes os riscos de obesidade 

Crianças que não tem tempo suficiente para dormir têm mais riscos de sofrer com problemas de excesso de peso, mesmo levando em conta um estilo de vida saudável, diz um estudo feito por cientistas da Nova Zelândia. Outros estudos já haviam mostrado alguma relação entre a má qualidade do sono e o aumento de peso, mas ainda não mostravam o resultado desse problema em crianças.

Participaram do estudo 244 crianças, que tiveram seu peso, índice de massa corpórea (IMC) e composição corporal medidas a cada seis meses, dos três aos setes anos de idade. A qualidade do sono e a prática de atividades físicas foram avaliadas por um monitor colocado em volta da cintura dos pequenos. Além disso, a dieta de cada uma das famílias dos participantes foi observada durante o estudo.  

A pesquisa mostrou que crianças que dormem menos do que 11 horas têm maiores chances de ter um IMC alto aos sete anos, mesmo controlando outros fatores de risco, como sedentarismo e má alimentação. Cada hora a mais de sono reduz o IMC de crianças de três e cinco anos em 0,49 e diminui em 61% as chances de elas se tornarem obesas aos sete anos.

Os autores do estudo ainda não identificaram exatamente a relação entre as horas de sono e o peso das crianças, mas afirmam que os resultados são suficientes para que os pais se preocupem mais com a qualidade e a quantidade das horas de sono de seus filhos.  

Transtorno bipolar

Além de problemas com o peso, a falta de sono para crianças pode desencadear uma série de outras complicações. Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, identificou que crianças com problemas de sono podem sofrer psicoses maníaco-depressivas, como é o caso do transtorno bipolar, na infância.

O estudo, feito com 300 crianças, identificou que o gene responsável por perturbações no sono - o "RORB" - possui quatro variantes que também estão relacionadas com variações abruptas de humor, o chamado bipolarismo.

Os pesquisadores sugerem que os genes do relógio biológico, principalmente o RORB, podem ser importantes em investigações envolvendo o transtorno bipolar, aumentando as chances de desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.  

terça-feira, 7 de junho de 2011

Especial Funcionou Comigo: Como fazer seu filho escovar os dentes sem dramas

Aqui, outras mães e um especialista no assunto ajudam a leitora Andréa a fazer o filho escovar os dentes. Confira

Escovar os dentes

Estou com grande dificuldade para escovar os dentes do Leonardo, principalmente os do fundo. Acabo brigando com ele todos os dias por causa disso. Como posso mudar essa situação? Andréa Canassa, 35, Mãe de Leonardo, 3 anos

Escove os dentes do brinquedo

Com meu filho faço o seguinte: dou a ele uma escova para que ele escove os dentes de um coelho de EVA que fica em cima da pia e ele adora. Depois combinamos que eu escovo os dentes dele e ele, os do coelho. Carolina Faustino Ferreira, 33, mãe de João Antônio, 2 anos e 8 meses

Conte uma história sobre a cárie

Sempre conto para Sophia a história dos bichinhos que querem destruir os dentes dela. E que no creme dental e na escova ficam os soldadinhos que irão proteger seus dentes. Ela se diverte! Aracele Cristina de Souza, 30, mãe de Sophia, 4 anos e 6 meses

Ele começa, você termina

Luísa começou a me dar trabalho para escovar os dentes. A solução que encontrei foi deixá-la escovar os dentes primeiro e até brincar um pouco com a escova. Depois eu dizia: “Você começa e a mamãe termina, OK?”. Quando não dá certo, a deixo escovar os dentes no banho, mas, da mesma forma, ela começa e eu termino. Fernanda Piovezani, 37, mãe de Luísa, 3 anos

Quem fizer direito ganha um prêmio

Eu deixava meus filhos escovarem os dentes sozinhos e brincava de fada dos dentes. Dizia que após a escovação a fada tinha que inspecionar a escovação e eles ganhavam um ponto a cada dia quando estava tudo perfeito. No final da semana, aparecia uma moeda embaixo do travesseiro. Andréa Azevedo, 38, mãe de Caio, 10, e Thiago, 6

Deixe ele escovar os seus

Uso o truque de contar até dez e deixar meu filho escovar os meus dentes. Depois eu escovo os dele. Ele se diverte com essa brincadeira! Foi uma dica do odontopediatra. Fernanda Derossi, 28, mãe de Robert, 1 ano e 10 meses

Tudo o que o mestre mandar

Quando vou escovar os meus dentes, dou a escova para a minha filha e vou falando como ela deve fazer. Ela vai me imitando e dá certo! Só ainda não consegue escovar os dentes superiores de trás, mas eu sempre ajudo. Silvia Mara Rodrigues, 32, mãe de Luana Beatriz, 2 anos

O que diz a especialista?

A escovação dos dentes faz parte da higiene corporal do seu filho, como tomar banho e cortar as unhas. Ajude-o a entender isso, para que ele aprenda que é importante cuidar da saúde como um todo. Assim que o primeiro dente de leite aparecer, comece a usar uma dedeira ou escova, mostrando que faz parte da rotina de todos: da mãe, do pai, dos irmãos. A melhor forma de educar é dar exemplo, então escove os seus dentes junto, mostrando como se faz. Seja criativa, invente histórias e brincadeiras, como dar nomes para cada dente ou contar como você aprendeu a escovar os dentes quando pequena. A escolha da escova é muito importante, existem diversas com cores e personagens, e você pode investir em uma elétrica, as crianças adoram!

Dóris Rocha Ruiz, odontopediatra da Unifesp e autora dos livros Dentista não é coisa do outro mundo, Eu e a Escova e O troca-troca dos dentes (todos da Ed. Santos) 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Coqueluche volta a ameaçar a saúde das crianças

No Brasil, a doença teve um crescimento de 34% nos últimos cinco anos. Saiba como manter seu filho longe dela.


Desde 2006, a coqueluche tem voltado a atingir criancas em toda a América Latina graças, principalmente, a falta de reforço da vacinação. Segundo dados do seminário América Latina sem coqueluche*, que está sendo realizado na República Dominicana, houve um aumento de 91% na notificação da doenca nesta região. No Brasil, o crescimento foi de 34%. O grande problema é que boa parte dos pais mantêm a carteira de vacinação em dia nos primeiros 12 meses de vida do filho e, depois disso, começam a deixar algumas vacinas de lado. "Sabemos que, no Brasil, a cobertura vacinal é de mais de 90% no primeiro ano do bebê e, depois disso, esta porcentagem cai", explica a pesquisadora da Coordenadoria de Controle de Doenças do Instituto Adolf Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São paulo, Daniela Leite. Apesar de não haver pesquisas completas, a estimativa é de que a cobertura vacinal passe para 80% no segundo ano e se reduza a 50% quando são necessários reforços do imunizante.

No caso da coqueluche, é necessário vacinar as criancas aos 2,4 e 6 meses e dar reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos para que a imunização se complete. Todas as doses estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde. Para agravar a situacao, mesmo quem já teve a doença ou tomou todas as doses precisa se imunizar novamente após dez anos. Ou seja, adolescentes e adultos precisam tomar a vacina, mas para essa faixa etária ela só está disponível nas clínicas particulares.

Os estudos mostram que em mais de 75% dos casos da doença são os pais que infectam os filhos que não foram imunizados completamente, afirma a pediatra Tina Tan, pesquisadora da coqueluche no Childrens Memorial Hospital, de Chicago (EUA). Para evitar a coqueluche, o principal, portanto, é manter a carteira de vacinação - a sua e a do seu filho! - em dia.

Saiba mais sobre a doença

- O que é: causada pela bactéria Bordetella Pertussis, é uma doença contagiosa que se transmite pelo contato direto principalmente nos meses de primavera e verão.

- Sintomas: é caracterizada por espasmos de tosses que podem durar até 30 minutos e se repete muitas vezes por dia. Não apresenta febre, mas pode ter coriza na fase considerada catarral, que costuma aparecer após a primeira semana de contágio.

- Diagnóstico: é feito com exames laboratoriais. No Brasil, todos os casos devem ser notificados ao Ministério da Saúde.

- Tratamento: são receitados antibióticos assim que a doença é confirmada porque, principalmente quando atinge recém-nascidos, pode causar a morte. O índice de letalidade nos bebês é considerado alto: cerca de 10% dos que são contaminados acabam nao resistindo caso o tratamento correto não seja iniciado rapidamente.