sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Placenta: lixo orgânico ou remédio natural?

O consumo e o encapsulmento de placentas estão ganhando força nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, algumas mulheres já aderiram a essa prática, ainda que não existam provas científicas de seus benefícios nem credibilidade dos médicos. Aqui, você vai entender mais sobre o assunto e as razões pelas quais duas mães consumiram sua placenta

“Aqueci parte dela e preparei com vinho, champignon e ervas frescas.” A refinada receita de Gabriela Rodriguez* certamente agradaria ao mais exigente dos paladares e não causaria qualquer estranheza, se não fosse pela escolha da carne: a sua própria placenta. Apesar do caráter exótico, para os dias de hoje, a serenidade na fala e a contextualização do ato fazem a declaração da acupunturista paulistana, de 28 anos, soar com naturalidade. Gabriela, vegetariana e afeita a um modo de vida mais natural, não comeu a placenta que “nasceu” com sua filha, Maria*, hoje com 3 anos, por qualquer imposição religiosa ou modismo. Ela acredita que esse ato é benéfico à saúde. “No nível físico, vejo a placenta como um alimento rico em nutrientes, uma carne preparada pelo próprio corpo da mulher. E acho que o consumo também interfere em outros dois níveis: espiritual e energético”, explica Gabriela.

Apesar de ainda não ser um assunto amplamente discutido no Brasil, a placentofagia, prática do consumo da placenta, está crescendo vertiginosamente nos Estados Unidos e vem conquistando adeptas em território nacional. Como também é o caso da doula Caroliny Ribeiro, de Campinas (SP), que comeu a placenta do parto de seu segundo filho, Caetano, de 1 ano e 11 meses. “A parteira preparou para mim. Ela cortou em pedacinhos e eu comi um deles, cru mesmo, sem tempero”, afirma Caroliny, que enterrou o restante do material, como parte do ritual.

Grávida de 20 semanas, Caroliny não tem dúvidas em relação ao destino da placenta do terceiro filho. Com a ajuda da amiga, Gabriela, que também é aprendiz de parteira tradicional, ela pretende criar um prato mais elaborado no aconchego do seu lar, mesmo local onde deu à luz Caetano. Apoiada pelo marido, Caroliny afirma que o consumo da placenta lhe trouxe benefícios. “Estava me sentindo muito fraca depois do parto e, mesmo que tenha sido só um pedaço, senti que ele me deu forças”, afirma.

A comunidade médica discorda da opinião e da atitude dessas mães. Para Mark Kristal, neurocientista americano especialista em placentofagia, talvez o único do mundo, essa prática é infundada. “Não há nenhuma evidência científica de que o consumo de placenta faça bem ou mal para a saúde dos seres humanos”, diz o médico, que estuda o assunto há mais de 20 anos. Em uma de suas pesquisas, o resultado sugeriu possíveis benefícios do consumo da placenta para os animais, como aproximação com o filhote e redução da dor do “parto”, mas nada que possa ser estendido aos seres humanos.

Para Kristal, muitas pessoas se baseiam no comportamento instintivo dos mamíferos – não humanos -, por acreditar que eles têm um bom motivo para se alimentar da própria placenta. Isso, no entanto, não é o bastante para fazer Gabriela mudar de ideia: “Essa visão científica, que busca eleger, classificar, não é capaz de compreender o que está por trás dessa prática”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coqueluche: casos da doença dobram no país

Apesar da estatística, não há surto. Confira por que a vacinação é fundamental para evitar que o seu filho fique doente

Você vacinou o seu filho contra a coqueluche? E deu o reforço? Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de pessoas com a doença dobrou este ano em relação ao ano passado. Em 2010 foram notificados 291 casos no país e este ano, 583 – sendo 218 só em São Paulo, Apesar, disso, o Ministério reforça que não existe um surto. Fique tranquila. Mas, então, o que justifica esse aumento?

Segundo Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP), são dois aspectos que levam a essa estatística. “A cada três ou cinco anos, além da condição epidemiológica, ou seja, o ciclo da bactéria, há a questão imunológica – a queda da adesão da vacina”, diz. Para você entender melhor, uma criança que está saindo da infância e entrando na adolescência e não tomou o reforço da vacina, pode até pegar a doença em forma branda, porque seu organismo ainda tem alguma dosagem de anticorpo, mas a transmite a outras pessoas. Isso acontece porque, como não tem característica de coqueluche, o doente continua circulando livremente na escola, na casa dos colegas.

Por isso, além de você manter a vacina do seu filho em dia, você também deve estar imunizado, para evitar passar a doença para ele. A tríplice bacteriana (contra coqueluche, tétano e difteria) está disponível gratuitamente para as crianças nos postos de vacinação, mas, para os adultos, apenas nas clínicas particulares, por R$ 144, em média. Vale lembrar que para que a imunização se complete a criança deve receber todas as doses, aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e novamente entre 4 e 6 anos. Mas a prevenção deve continuar. Para as crianças que tomaram todas as doses e para os adultos, a vacina deve acontecer novamente a cada 10 anos.

Em maio deste ano, durante o Seminário América Latina sem Coqueluche, que aconteceu na República Dominicana, estudos apontaram um crescimento de 34% de crianças com coqueluche desde 2006. E, novamente, o fator que motivou essa estatística foi a queda da adesão à vacina. "Sabemos que, no Brasil, a cobertura vacinal é de mais de 90% no primeiro ano do bebê e, depois disso, esta porcentagem cai", explica a pesquisadora da Coordenadoria de Controle de Doenças do Instituto Adolf Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São paulo, Daniela Leite. Apesar de não haver pesquisas completas, a estimativa é de que a cobertura vacinal passe para 80% no segundo ano e se reduza a 50% quando são necessários reforços do imunizante.

Saiba mais sobre a doença

- O que é: causada pela bactéria Bordetella Pertussis, é uma doença contagiosa que se transmite pelo contato direto principalmente nos meses de primavera e verão.

- Sintomas: é caracterizada por espasmos de tosses que podem durar até 30 minutos e se repete muitas vezes por dia. Não apresenta febre, mas pode ter coriza na fase considerada catarral, que costuma aparecer após a primeira semana de contágio.

- Diagnóstico: é feito com exames laboratoriais. No Brasil, todos os casos devem ser notificados ao Ministério da Saúde.

- Tratamento: são receitados antibióticos assim que a doença é confirmada porque, principalmente quando atinge recém-nascidos, pode causar a morte. O índice de letalidade nos bebês é considerado alto: cerca de 10% dos que são contaminados acabam nao resistindo caso o tratamento correto não seja iniciado rapidamente.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Seu filho bem no vídeo

Confira 5 dicas para você acertar na hora de filmar as crianças

Que tal aproveitar o tempo a mais com os filhos e fazer uma filmagem? Preparamos cinco dicas para você não fazer feio ao exibir o vídeo em casa para a família depois:

* Pense no enquadramento de cada cena como se fosse uma foto (sempre atento ao assunto principal que deseja mostrar). O ideal é que cada imagem tenha, em média, 4 segundos.

* Para evitar que o vídeo saia tremido, ajuste a alça de apoio na mão para que a câmera não fique bamba. Sempre que possível, apoie o corpo em uma parede, por exemplo.

* Aproveite os espaços mais iluminados e, se possível, evite gravar seu filho de costas para a luz.

* A não ser que você queira mostrar o local também, prefira gravar na altura da criança.

* Use o zoom só em detalhes, e não para se aproximar de uma cena.

Fonte: Paty Vilela, cinegrafista, editora e produtora de vídeo (SP)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Chegada da primavera pode aumentar os casos de catapora

Veja por que isso pode acontecer, conheça os sintomas, cuidados e forma de prevenir a disseminação da doença

Os períodos de mudança de estação, como agora com a chegada da primavera, são favoráveis à propagação da varicela, popularmente conhecida como catapora. Esse é o alerta da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. A doença, que é altamente contagiosa, atinge, principalmente, crianças de 1 a 6 anos de idade, e a transmissão acontece por contato e por via respiratória. Ambientes pouco ventilados, creches e escolas são propícios para a disseminação do vírus.

Por conta disso, a melhor forma de prevenir o seu filho é por meio da vacinação. Ela não está disponível na rede pública, e nas clínicas particulares custa, em média, R$ 160. A dose deve ser dada aos 12 meses com reforço entre 4 e 6 anos. Apesar de ser raro a criança pegar a doença quando está imunizada, caso aconteça, será de uma maneira mais branda. O recado de prevenção vale para os pais e cuidadores da criança que não tiveram a doença ou não se vacinaram. A restrição é para as grávidas, que não podem receber a imunização.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

10 formas de namorar depois dos filhos (e apesar deles)

Ter um dia da semana só para curtir o amado é uma das dicas


1. Monte uma rede de reforço: uma babá de confiança, avós que moram perto, tias corujas... Esse exército vai ajudar vocês a saírem sem preocupações.

2. Estabeleça um dia para o casal. E não desmarque. Vale “seqüestrar” o parceiro na hora do almoço também.

3. Vá para a cama no mesmo horário de seu filho. Assim, dá até para acordar de madrugada e aproveitar.

4. Regre o horário para ele dormir e tranque a porta do quarto enquanto estiver namorando.

5. Programe uma lua-de-mel uma vez por ano. Pode ser apenas um fim de semana, mas fará diferença, acredite.

6. Exercite o carinho. Assistam à TV abraçados, ligue no meio da tarde, se beijem todos os dias...

7. Coloque o parceiro na sua lista de prioridades (tudo bem ele ficar atrás dos filhos). As compras do supermercado, a pilha de roupas para passar e o passeio com o cachorro podem esperar.

8. Compre lingeries novas. Mulheres gostam de exibi-las. Homens, de vê-las. Aproveite e jogue fora tudo o que usou na gravidez, no pós-parto, as velhinhas...

9. Tire o berço do quarto. Tire também as fraldas, os brinquedos, os bichinhos de pelúcia. Esse espaço é de vocês.

10. Quando estiverem sozinhos, converse sobre tudo, menos os filhos. Não deixe o diálogo de vocês se resumir em “resolver problemas”. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Você quer ter outro bebê logo?


Confira as novas recomendações para o uso de anticoncepcionais após o parto

Se você está no fim da gravidez ou seu filho acabou de nascer e ter outro não está nos seus planos tão cedo, é hora de pensar no uso de contraceptivos no pós-parto - e um novo guia para quem optar por anticoncepcionais foi divulgado nos Estados Unidos. Segundo a nova recomendação, quem não tem problema de saúde pode começar a usar a medicação feita apenas à base de progesterona (esse tipo não interfere na amamentação) a partir do 21o dia do parto. Aquelas que têm risco para tromboembolismo (mais chances de ter trombose), ou seja, que já tiveram o problema, têm casos na família, têm mais de 35 anos, são cardiopatas ou hipertensas, sugere-se começar 42 dias após o parto. No Brasil, a recomendação passa a ser a mesma, mas muitas vezes a mulher começa o uso só 40 dias depois, que coincide com a segunda consulta com o obstetra.

Fonte: Fabiane Sabbag Correa, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz (SP)