segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jogar videogame pode melhorar a visão de crianças com ambliopia, diz estudo

Também conhecida como “olho preguiçoso”, a doença é mais facilmente tratada em crianças de até 8 anos, cuja visão ainda não está completamente desenvolvida. Mas também traz benefícios para as mais velhas

Um estudo realizado por uma clínica oftalmológica indiana mostrou que a correção da ambliopia – diminuição da visão sem lesão estrutural aparente – pode ter uma aliada para o tratamento que as crianças adoram: o videogame. No estudo em questão, os médicos separaram 100 pacientes, entre 10 e 18 anos, em grupos. O resultado mostrou que aqueles que jogaram tiveram melhor evolução na visão se comparado com os que não usaram o game.
Apesar de a técnica não ser nova, o estudo traz um diferencial, que é mostrar que a ambliopia (ou “olho preguiçoso”) pode ser diagnosticada e tratada em crianças mais velhas. Segundo Somen Ghosh, autor principal da pesquisa, da Calcutta Nacional Medical College, “elas já podem ter esperanças de conseguir melhorar a sua visão”. No entanto, o benefício ainda é maior para as menores. Na pesquisa, aquelas com menos de 14 anos tiveram uma melhora muito mais significativa.

(LEIA TAMBÉM: QUANDO LEVAR SEU FILHO AO OFTALMOLOGISTA PELA PRIMEIRA VEZ)

Para Paulo Grupenmacher, professor de oftalmologia da PUC Paraná, isso só reforça o quanto é importante descobrir o problema o quanto antes. Até os 8 anos, o olho ainda está em desenvolvimento, o que facilita o tratamento. “O uso do videogame serve para estimular a visão. O olho sem problemas fica tampado, enquanto o ‘preguiçoso’ é forçado a trabalhar”, diz.

O especialista alerta que essa técnica do videogame funciona como uma fisioterapia, só que de exercício visual. De qualquer maneira o acompanhamento com o médico é fundamental. “Videogame exercita, mas não cura”, ressalta Grupenmacher.

Fonte: Revista Crescer

sábado, 15 de outubro de 2011

Lições que todo professor gostaria que os pais soubessem

No Dia dos Professores, confira dicas de educadores que vão ajudá-lo a educar o seu filho

Como acalmar várias crianças ao mesmo tempo? E ensiná-los a guardar os brinquedos depois de se divertirem? O que fazer para meu filho gostar de ler? Dúvidas como essas não afligem só aos pais, mas também os educadores. Assim, no dia em que comemoramos o dia dos professores, a CRESCER pediu uma série de “lições” de diferentes escolas sobre como lidar com questões do dia a dia. Confira e inspire-se para aplicar algumas dessas dicas em casa.

Guardar os brinquedos
”Brincar é sempre gostoso! Variedade de brinquedos desenvolve a fantasia, estimula a linguagem e a criatividade, mas na hora de guardar...A criança precisa saber que recolher os brinquedos faz parte e é essa ação que vai garantir que tudo esteja no lugar no dia seguinte. Utilize estratégias lúdicas para esse momento, como o “Sr. Barrigão”: a criança carrega o maior número de brinquedos na camiseta, fazendo um barrigão e leva até o local de guardar.”

Patrícia S. Roselli, professora do Colégio Sidarta

Acalmar várias crianças ao mesmo tempo

“Há momentos em sala de aula que nos vemos tentando dar instruções às crianças mas elas estão tão agitadas que não somos ouvidos. Nessa hora, brincadeiras e músicas são a chave para mantê-los calmos e atentos. Basta começar a cantarolar “Atenção, concentração, ritmo...”, um conhecido jogo cantado em que todos acompanham o ritmo das palmas. As cantigas, que precisam voltar a fazer parte do repertório da infância, desligam da agitação e conectam a momentos mais tranqüilos. Na escola, convidar meninos e meninas para ouvir uma canção ou cantar restabelece a calma e a ordem no ambiente.”

Renata Praxedes, professora da Escola Castanheiras

Fazer atividades em grupo
“Na escola, as atividades geralmente são feitas em grupo. Tanto nos jogos pedagógicos como nas atividades livres e até mesmo na elaboração das rotinas básicas, há pequenas regras a serem seguidas, respeitando as capacidades de cada idade. As crianças aprendem a esperar a vez de participar de uma atividade, observam a maneira do amigo brincar e atuar na brincadeira, aprendem a respeitar o jeito de casa um resolver as questões pendentes. Nos momentos de dificuldades, o professor entra como mediador, auxiliando a solucionar as questões da forma mais democrática possível. Na verdade, tudo isso faz parte do trabalho em equipe. Assim, a melhor forma é pela convivência em grupo e com jogos, atividades coletivas com regras e objetivos em comum e muita conversa.”

Cláudia Razuk, coordenadora do Colégio Itatiaia

Gostar de ler
“Criar um ambiente rico em livros e atividades relacionadas à leitura, adquirir obras atrativas e apropriadas a cada idade, além de investimento em tempo, como sentar junto com a criança, contar histórias e explorar outras tantas possibilidades que o livro oferece. Alguns exemplos: mudar os finais das histórias, inventar novos nomes para os personagens, fazer desenhos sobre o livro, inventar dramatizações e o que mais a criatividade mandar. Passeios a livrarias também são importantes, pois assim a criança pode, também, escolher os títulos que mais a agradam.”

Adelaide da Silva , professora do Colégio Itatiaia

“Ter uma rotina de leitura na hora de dormir aproxima pais e filhos. Contar uma história em capítulos pode deixar expectativas para o outro dia, sobre o que ainda está por vir. Assim, as crianças não vêem a hora de dormir chegar, porque com ela chega o livro, o leitor, o capítulo seguinte e a cada dia, a leitura está mais próxima do desfecho. E saiba que um texto bom para criança também é um texto bom para o adulto.”

Renata Praxedes, professora da Escola Castanheiras

Elogiar na medida certa
”Elogiar e estimular é fundamental. Porém, é importante que os comentários de estímulos sejam reais e sem exageros. Há casos em que uma criança não conseguiu realizar determinada tarefa e, mesmo assim, recebe “super elogios” como se a tarefa tivesse sido feita com êxito. É claro que a criança tem consciência e autocrítica para saber se o que fez ficou bom e correto. O estímulo será importante em um momento de dificuldade, até mesmo como forma de ajudar a criança a melhorar, mas deve ser feito de forma mais real, do tipo: “Você está melhorando um pouquinho a cada dia e estou muito feliz com isso. Vamos ver como conseguir melhorar ainda mais?” Neste momento, o importante é ajudar a criança com suas dificuldades criando meios de levá-la a vencer os desafios, sejam comportamentais, emocionais ou de aprendizagem.

Geisa do Carmo, professora do Colégio Itatiaia

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Seu bebê é o que você come

Pesquisa mostra que consumir alto teor de gordura durante a gravidez pode aumentar o número de células gordurosas do bebê

Você já sabe a importância de seguir uma alimentação saudável durante a gestação, não é mesmo? Mais uma pesquisa vem para reforçar essa ideia. O novo estudo, feito com ratas, indica que grávidas que mantêm uma alimentação rica em gordura pode influenciar no índice de massa gorda dos bebês.

Segundo os cientistas do Hospital Infantil da Universidade de Saúde e Ciência Doernbecher, nos Estados Unidos, bebês cujas mães seguem uma alimentação saudável tendem a ser mais magros. Enquanto os filhos de mulheres que consomem alimentos gordurosos têm maior taxa de massa gorda e mais tendência a serem obesos.

“A principal descoberta da pesquisa é que os bebês nascem com uma mudança acentuada na composição corporal, independente de haver contato com qualquer alimento”, diz a pediatra Stephanie Krasnow, coordenadora da pesquisa.

A boa notícia é que mudar a alimentação durante a gravidez reduz consideravelmente o risco desses efeitos negativos. Para os pesquisadores, essa informação é extremamente importante quando se leva em conta que quase metade das mulheres em idade fértil têm sobrepeso ou são obesas nos Estados Unidos, de acordo com o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Aqui no Brasil, o número de obesos também não para de aumentar.

Segundo a obstetra Maria Luisa Mendes Nazar, do Hospital Edmundo Vasconcelos (SP), a pesquisa faz todo sentido. "É simples: tudo que a mãe ingere vai para o bebê, ou seja, os alimentos são responsáveis pelo desenvolvimento da criança. Nesse sentido, é preferível que a mulher engorde mais seguindo uma alimentação rica em fibras e proteínas do que ganhe poucos quilos, mas com uma dieta muito gordurosa", diz.