domingo, 31 de julho de 2011

Ensino da letra de mão é suspenso em escolas dos EUA

Especialistas discutem as consequências da medida para o desenvolvimento das crianças

O uso de computadores, celulares, tablets e laptops têm transformado o dia a dia das crianças. As mudanças são visíveis nas brincadeiras e também na hora do aprendizado dos pequenos. Tanto que nos Estados Unidos, a tradicional forma de escrever com a letra cursiva (de mão) foi considerada ultrapassada e o ensino deve ser abandonado em mais de 40 estados norte-americanos.

O primeiro deles a suspender por lei o ensino da letra cursiva nas escolas foi o estado de Indiana. Os defensores do novo código argumentam que, atualmente, as crianças não necessitam e quase não se utilizam de caneta e papel para escrever e por isso a alfabetização deve se focar no ensino da letra bastão e nos métodos de digitação. A medida causou polêmica nos EUA. Será que o hábito pode ser incorporado por aqui também?

Para a psicopedagoga Anete Hecht, diretora pedagógica do Colégio I.L.Peretz, em São Paulo, não há motivos que justifiquem a retirada do ensino da letra cursiva nas escolas brasileiras. “Os métodos devem ser somados e não reduzidos. A alfabetização acontece no primeiro momento com a letra bastão, depois a criança passa para a letra cursiva. Isso é importante porque na letra de mão, a criança desenvolve traços da sua identidade e personalidade”, afirma. A psicopedagoga se preocupa também com o desenvolvimento da coordenação motora fina das crianças, que poderia ser prejudicada pelo abandono da letra de mão.

Mas segundo Saad Ellovitch, neuropediatra do Hospital Samaritano de São Paulo, o desenvolvimento da coordenação motora fina não está estritamente relacionado à escrita cursiva, mas também ao uso das mãos em movimentos sutis. “O cérebro se adapta às necessidades do corpo. Você pode desenvolver a motricidade fina, ou seja, a capacidade de execução de movimentos pequenos e delicados, com outras atividades, como por exemplo, o desenho”, afirma a especialista. O corpo é capaz de se adaptar assim às novas condições impostas pelo desenvolvimento humano.

Hoje, a substituição da escrita cursiva pela digital se apresenta como um processo natural - e não necessariamente um problema. “A escrita digital predomina na maioria dos trabalhos da esfera profissional. Por isso, o investimento no ensino da letra cursiva para essa função está cada vez mais em desuso", explica Maria Jose Nóbrega, filóloga e assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. A portabilidade dos equipamentos é outro fator que desestimula a escrita de mão. No entanto, como os impactos das novas tecnologias sobre a educação e o aprendizado ainda são pouco conhecidos, a especialista reforça que os novos e os antigos métodos tendem a ser usados de forma conjunta.“Ainda não podemos excluir o ensino da letra cursiva, porque no Brasil nós não temos a universalização do acesso ao computador", diz.

Outra razão seria porque a escrita manual desempenha algumas funções que ainda não foram substituídas pela digital. Uma letra bonita, em um caderno arrumado, é claro, também ensina conceitos de organização.

domingo, 24 de julho de 2011

Depressão materna: como isso afeta o seu filho?

Um novo estudo feito com 438 famílias mostrou que sintomas recorrentes de depressão materna podem influenciar o comportamento das crianças na primeira infância

Após o nascimento do seu bebê, a rotina muda. Tudo parece bem, mas, de repente, você desperta uma manhã mais triste, com menos vontade de levantar da cama. Aos poucos, começa a sentir muito mais ansiedade, raiva, cansaço. Quando tudo isso começa a atrapalhar o seu dia a dia e convívio com seu filho e família, é hora de procurar um médico. Você pode estar com depressão - e esses sintomas não prejudicam só você.

Um estudo realizado pela Universidade de Adelaide, na Austrália, publicado na revista científica Pediatrics revelou que crianças cujas mães apresentam sintomas recorrentes de depressão têm mais chance de desenvolver problemas de comportamento aos 5 anos.

A pesquisa acompanhou 438 mães e seus filhos (227 meninas e 211 meninos). Os cientistas pediram às mães que preenchessem questionários durante a infância das crianças entre 2 e 5 anos. Após a análise das informações, os pesquisadores perceberam que sintomas recorrentes de depressão materna quando as crianças têm entre 2 e 3 anos se tornam um fator de risco para o desenvolvimento de problemas comportamentais aos 5. Enquanto que sintomas constantes da doença não afetam o desenvolvimento delas.

Para o psiquiatra Sérgio Klepacz, do Hospital Samaritano, em São Paulo, o estudo comprova que quando a criança se sente insegura, principalmente em relação às pessoas próximas a ela e ao meio em que vive, o seu grau de estresse aumenta e afeta o seu comportamento. “A depressão da mãe se torna um problema quando ela não é constante, ou seja, quando apresenta oscilações de humor", diz. "Se a mãe sofre com depressão com os mesmos sintomas, a criança não sofre com isso porque já sabe o que esperar”, diz. Ou seja, se a doença da mãe não for tratada corretamente e voltar após um período, há mais riscos para as crianças.

Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores foi a influência positiva dos cuidados de outras pessoas nesses primeiros anos de vida dessas crianças: mesmo meio período na creche (o chamado cuidado formal), por volta dos 2 anos, já teve um impacto significativo no comportamento delas anos depois. Já os cuidados ditos informais (outras pessoas que não eram profissionais) não fizeram tanta diferença nesse caso. O mais importante dessa pesquisa, portanto, é mostrar para as mães que sofrem com depressão a importância buscar ajuda especializada, dividir as tarefas e, assim, preservar a criança.

Fonte: Revista Crescer

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os truques para engravidar funcionam?

Veja os métodos alternativos utilizados por leitoras da CRESCER e descubra a eficácia de cada um deles 

Tirar férias, transar dia sim, dia não e até erguer as pernas para cima no fim da relação, muitos são os “truques” populares para engravidar. Mas será que eles funcionam? Para descobrir isso, a CRESCER pediu às leitoras que revelassem seus métodos alternativos. Depois, conversamos com o obstetra e ginecologista Aberto D’Aurea, diretor do grupo da Maternidade Pro Matre Paulista e do hospital Santa Joana, para saber quais dessas técnicas são realmente eficientes e quais não passam de mitos. Confira o - divertido - relato das leitoras e a opinião do especialista.

Esqueça!
“Tentei de tudo, fiquei até meio chateada pelo resultado negativo. Mas chegou uma hora que tentei esquecer um pouco. Foram seis meses de tentativa e graças a Deus engravidei. Minha pequena completa um ano em julho. Eu brinco com meu marido, que a gestação começou naqueles dias em que eu estava super cansada e dizia vamos logo amor (risos).” Franciiele Ramos

Opinião do especialista - “O maior inimigo da gestação é a ansiedade. Você não pode exigir data e horário para a ação da natureza. O corpo não aceita imposição. O que ajuda na hora de engravidar é a entrega que a mulher faz no momento da relação. A tensão e cobrança só atrapalham e levam ao fracasso”.

Dia fértil
“O esquema é o tal do dia fértil! Ele existe.” Larissa Carvalho

Opinião do especialista – “O dia fértil existe, mas não é uma regra. Num ciclo normal de 26 a 32 dias, a mulher normalmente ovula entre o 11° e 15° dia. Além disso, outros fatores podem afetar a ovulação.”

Posição
“Erguer as pernas para cima! Hahahahaha.” Louizi Leão

Opinião do especialista - “De fato, é recomendado que a mulher permaneça deitada para não perder parte do esperma que pode escorrer pelas pernas, caso ela se levante. Se a mulher tem o útero retrovertido, recomenda-se que após o ato sexual, ela se vire de bruços e permaneça assim por uns 20 minutos. Já se o útero está lateralizado para direita, após a relação ela deve manter o corpo virado para e esquerda. Se o útero for lateralizado para esquerda, nesse caso, vira-se o corpo para a direita. Mas essas medidas são polêmicas, pois nem todos os médicos concordam e, claro, não são garantia de gravidez.”

Travesseiro
“Colocar um travesseiro abaixo do bumbum durante a relação.” Odete Santos

Opinião do especialista – “No caso do travesseiro, se a pessoa se sente bem com ele abaixo do quadril, ótimo! Então que coloque o travesseiro. O importante é relaxar e não impor normas durante o ato sexual que prejudiquem a sua espontaneidade.”

Pratique, claro
“O melhor truque é praticar sem parar! (risos)” Angélica Sasson

Opinião do especialista – “A relação sexual deve ser espontânea, mas já se sabe que quando ela acontece todos os dias, a qualidade de volume do esperma diminui. O melhor é fazer pausas de dois a três dias entre uma relação e outra.”

Tire férias 
“Férias... engravidei em janeiro.” Daniela Galdi

Opinião do especialista – “As chances de gravidez aumentam nas férias porque a mulher está mais relaxada e o convívio com o parceiro também é maior. Se o local escolhido para o descanso for a praia, melhor ainda. Nesse ambiente, você visualiza o corpo do parceiro por horas antes do ato sexual, o que aumenta o grau de excitação da relação. Banhos de mar também ajudam a tornar a vagina menos ácida, aumentando a sobrevivência dos espermatozóides no interior dela.

Temperatura corporal
“Media minha temperatura basal todos os dias e fiz um gráfico. Acompanhei todas as alterações do meu corpo pela temperatura, sabia o dia que tinha ovulado e... deu certo!!!!” Tatiana Carleto

Opinião do especialista – “Esse método não é recomendado porque está sujeito a muitas oscilações. A temperatura pode ser alterada por muitos fatores como, por exemplo, uma relação sexual no dia anterior à medição ou mesmo uma ida ao banheiro.” 

Fonte: Revista Crescer

terça-feira, 19 de julho de 2011

Selo do Inmetro será obrigatório nos berços infantis

Fabricantes terão o prazo de 18 meses para se adequar às novas normas de segurança

O berço deve ser um lugar de segurança para o bebê, mas nem sempre a qualidade do móvel atende aos critérios para isso. Essa foi a conclusão a que chegou o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, (Inmetro), ao analisar 11 marcas existentes no mercado brasileiro. “Encontramos até insetos na madeira dos berços. Todas as marcas apresentaram não conformidades com as normas de segurança”, afirmou Aline Oliveira, técnica do Instituto.

Segundo a especialista, a diferença de preços entre os móveis não significou maior ou menor qualidade entre eles. Na avaliação, a variação do valor entre um modelo e outro chegou a 300%, o que mesmo assim não impediu a reprovação de todas as marcas.

No ano passado, uma pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos revelou que todos os dias, 26 crianças são levadas aos hospitais norte-americanos devido a acidentes com berços, moisés ou cercadinhos. No Brasil, não há uma estatística oficial sobre esse tipo de incidente, porém as quedas (não só de berços, mas em geral) figuram entre as principais causas dos acidentes infantis. “Também é comum que as crianças fiquem presas pelos braços, pernas e até mesmo pela cabeça, o que pode levar à asfixia, devido ao espaço irregular entre as ripas dos berços”, complementa Aline.

Os fabricantes, tanto nacionais como as importadoras, terão 18 meses para se adequar às novas normas de segurança do Inmetro. Mas as lojas ainda poderão comercializar o produto sem certificação por um período de 36 meses. Até lá, os pais têm de ficar ainda mais atentos para fazer a escolha certa na hora de comprar o berço do bebê.

Veja os principais cuidados que os pais devem ter na hora da escolha do berço

- Verifique se as bordas e partes salientes do móvel são arredondadas e isentas de quaisquer rebarbas ou arestas para evitar ferimentos nos pequenos.

- Rótulos, decalques ou adesivos não podem ser utilizados nas superfícies internas das laterais e extremidades do berço, pois as crianças podem puxá-las para si.

- Uma vez dentro do berço, a criança não pode conseguir levantar a base do colchão ou a base do móvel.

- As laterais móveis devem ser equipadas com um sistema de travamento. (Nos EUA elas foram proibidas, mas no Brasil ainda são permitidas).

- Caso o colchão não seja parte integrante do móvel, deve existir uma marcação, na base do berço, recomendando o uso de colchões com espessura máxima permitida de 120mm.

- O manual de instrução e montagem do móvel deve estar escrito em português.

- Procure pelo Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, que deve estar exposto no berço e na embalagem do produto, mas lembre-se que ele só se tornará obrigatório daqui a 18 meses e você ainda poderá encontrar berços não certificados pelos próximos três anos.

sábado, 16 de julho de 2011

Pesquisa aponta um novo caminho para o combate da alergia ao leite

Especialistas afirmam que a ingestão de pequenas quantidades de leite cozido pode acelerar o desaparecimento da doença

Descobrir que o seu bebê, já tão indefeso, pode sofrer com diarréias, vômitos e outros distúrbios intestinais depois de tomar leite é muito triste. A alergia ao leite de vaca e derivados acontece por causa da imaturidade imunológica e gastrintestinal dos pequenos durante os primeiros anos de vida. Ela é a mais comum entre as alergias alimentares, que atingem uma a cada 13 crianças, segundo estudo realizado nos Estados Unidos, e pode durar até os 7 anos, em geral, mas em alguns casos perdura até a idade adulta. “O organismo do bebê reage à presença das proteínas do leite, porque precisa combater as substâncias estranhas que identifica no seu corpo”, afirma a Renata Cocco, pediatra, membro da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia.

A médica explica que para o tratamento do problema, normalmente, se receita a suspensão total do leite e de seus derivados na alimentação da criança. Entretanto, uma recente pesquisa desenvolvida na Mount Sinai School of Medicine, nos Estados Unidos, aponta um novo caminho para o combate da alergia. Segundo o estudo, a presença de leite em alimentos assados ou cozidos pode ser benéfica para os que sofrem da doença. Como?

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de analisar 88 crianças alérgicas, de 2 a 17 anos de idade. Por um período de cinco anos, elas foram gradativamente apresentadas a alimentos como bolos, waffles e biscoitos, todos com pequenas quantidades de leite em sua formulação.

No final do período, 47% das crianças já conseguiam tolerar produtos laticínios como iogurte e sorvete, contra os 22% registrados entre aquelas que suspenderam totalmente o consumo do leite e seus derivados. Os cientistas logo perceberam, então, que a ingestão moderada e gradativa do leite cozido pode acelerar o desaparecimento da alergia, processo que naturalmente acontece com o crescimento da criança.

“Com o calor do cozimento, as proteínas do leite perdem a sua integridade. Por isso a ingestão do alimento cozido em pequenas quantidades acaba funcionando como uma imunoterapia. A criança cria a chamada tolerância oral, que significa a perda da alergia”, explica Renata. Em resumo, é como se essas pequenas doses fossem uma espécie de vacina: ao entrar em contato com tais proteínas, a criança desenvolveria imunidade contra elas. Mas isso não significa que, se o seu filho for alérgico ao leite, você pode fazer esse teste em casa. A especialista adverte que o tratamento só pode ser executado sob a orientação de um médico experiente.

Não confunda alergia ao leite com intolerância à lactose
Apesar dos sintomas semelhantes, a alergia ao leite e a intolerância à lactose são doenças diferentes. A alergia está relacionada às proteínas animais existentes no alimento, enquanto a intolerância diz respeito ao açúcar do leite, a chamada lactose.

É importante fazer essa distinção porque seus tratamentos são diferentes. O leite de cabra, por exemplo, pode substituir o de vaca para as pessoas com intolerância à lactose, mas em nenhum caso é indicado para as pessoas com alergia. Converse com o médico do seu filho para ter um diagnóstico correto da doença.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cárie de mamadeira, você sabe o que é isso?

Nos Estados Unidos, há uma discussão para colocar uma advertência nos rótulos da mamadeira alertando os pais para o risco de cáries nas crianças


Com os primeiros dentes do seu filho vêm também os cuidados para evitar - desde cedo - as cáries. O governo de Nova Iorque, Estados Unidos, está discutindo até mesmo colocar no rótulo das mamadeiras uma advertência sobre os riscos que ela oferece à saúde bucal dos pequenos. Isso porque a chamada cárie precoce de infância (que também é conhecida popularmente por cárie de mamamdeira) surge principalmente quando a criança tem o hábito de mamar durante a madrugada e voltar a dormir sem fazer a higiene da boca.

Segunda a odontopediatra Cíntia Patrícia Schames, a cárie de mamadeira é mais comum em crianças de até 2 anos, faixa etária em que acordar no meio da noite acontece com maior frequência e também idade limite indicada para o uso do utensílio. Para piorar, a salivação diminui, reduzindo-se a proteção natural que ela exerce sobre os dentes. E isso é um prato cheio para que as bactérias utilizem o açúcar do leite para produzir ácidos que destroem o esmalte do dente.

É preciso lembrar, ainda, que algumas crianças são mais suscetíveis que outras ao aparecimento das cáries, ressalta a odontopediatra. Mas hábitos de higiene desde cedo garantem uma boca saudável. Nos primeiros dentinhos, a limpeza com gaze ou fralda umedecida em água filtrada basta. Já quando aparecerem os molares, é preciso recorrer a uma escova de cerdas macias, recomendada para a idade do seu filho. O primeiro sinal de cárie são manchas brancas nos dentes, que podem ser revertidas com aplicação de flúor. “Por isso a importância da visita ao dentista já no primeiro ano de vida da criança”, afirma Cíntia.

Mas é claro que você não precisa ficar desesperada se vez ou outra o bebê dormiu antes de você limpar os dentinhos dele. Eventualmente, tudo bem quebrar a rotina de escovação. Apenas cuide para isso não acontecer com frequência. Para quem está com dificuldade de tirar a mamadeira da madrugada, a odontopediatra Lucia Coutinho dá uma dica: "dilua o leite com água até que a criança perca a vontade de consumir o líquido". Aos poucos, ela explica, essa transição vai ficando mais fácil.

Como evitar a cárie

Se o seu filho só dorme com a mamadeira, na mamada antes de dormir, ofereça apenas água;

Evite usar a mamadeira para confortar o bebê. Para que ele vá deixando o hábito de acalmar-se sugando, comece a ensiná-lo a beber no copo ou na caneca por volta do primeiro aniversário;

Se ele usa chupeta, evite mergulhar o acessório em mel ou líquidos açucarados;

Sempre que oferecer sucos a criança, mesmo que sem açúcar, faça a higienização dos dentinhos em seguida;

Água de coco também contém açúcar, por isso, vale o mesmo conselho acima;

Não deixe a mamadeira na mão da criança para evitar que ela fique o dia todo bebericando;

Evite adicionar açúcar às bebidas e alimentos de seu filho;

Visite um odontopediatra assim que os primeiros dentes de leite irromperem na boca do bebê

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Estudo comprova que vacina contra gripe protege grávidas e respectivos bebês

Crianças cujas mães foram vacinadas têm 48% menos risco de ser hospitalizadas por causa da doença

As baixas temperaturas do inverno aumentam os casos de gripe entre gestantes e crianças. Mas os recém-nascidos são os que mais sofrem com a doença. Os bebês de até 6 meses de idade apresentam as maiores taxas de hospitalização por gripe entre as crianças. Um dos motivos é que, além de serem mais frágeis, para essa faixa etária não existem vacinas específicas. Isso porque não há estudos suficientes que determinem uma dosagem segura para crianças pequenas que ainda têm os órgãos imaturos. Mas, para o alívio das mães, cientistas norte-americanos reforçam algo já comprovado antes: a vacinação das gestantes também protege os recém-nascidos.

De acordo com o estudo da Wake Forest University Baptist Medical Center, divulgado pelo American Journal of Obstetrics & Gynecology, os bebês cujo as mães foram vacinadas durante a gestação reduziram em 48% os ricos de hospitalização por influenza. A pesquisa analisou os dados provenientes de 1500 crianças de até 6 meses e suas respectivas mães.

“A vacinação proporciona ao bebê maior segurança nas primeiras semanas e meses do pós-parto porque produz uma elevação dos anticorpos no sangue da mãe, que passam através da placenta para o bebê. Com isso a criança tem um aumento da imunidade e fica protegida até ela começar a produzir anticorpos por si mesma”, explica Edílson Ogeda, ginecologista e obstetra do Hospital Samaritano de São Paulo.

Além dos benefícios para o recém-nascido, o médico destaca também a importância da vacinação para a saúde da mãe, já que durante a gravidez a mulher fica mais vulnerável aos sintomas da gripe. “A grávida tem os sistemas cardiovascular, imunológico e respiratório alterados devido às adaptações que seu corpo faz para gerar a criança e, por isso, fica doente com maior facilidade", diz. Mais um motivo para manter a carteira de vacinação em dia durante os nove meses.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cesárea: o que leva as mulheres a esse tipo de parto

Problemas como baixo batimento cardíaco do bebê, dilatação e gemelaridade estariam entre as razões, segundo uma pesquisa feita nos Estados Unidos. No fim da lista, o pedido da mãe. Mas será que no Brasil essa situação também é assim? Confira 


Por que as mulheres estão fazendo tanto parto cesárea? Para descobrir quais seriam esses motivos, cientistas da Yale School of Medicine, nos Estados Unidos, analisaram 32.443 nascimentos entre 2003 e 2009. A primeira descoberta, publicada no jornal científico Obstetrics & Gynecology, revelou que, durante esse período, houve um aumento de 26% para 36,5% das cesáreas nesse país. 

Metade desse aumento foi causado por mães que já tinham passado por um outro parto desse tipo anteriormente (LEIA MAIS SOBRE ESSE TIPO DE SITUAÇÃO). Já, na outra metade responsável pela estatística, estariam problemas como: baixo batimento cardíaco do bebê (32%), dilatação insuficiente da mulher (18%), gêmeos ou outros múltiplos (16%), suspeita de macrossomia - quando o bebê é grande demais – (10%), pré-eclâmpsia (10%) e pedido da mãe (8%).

E no Brasil? As razões são semelhantes? De acordo com Eduardo Souza, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), nosso índice de parto cesárea no SUS varia entre 30 e 35%, contrariando a determinação da Organização Mundial de Saúde, que é até 20%. Na rede privada a incidência é ainda pior: superior a 90% em algumas maternidades. “Há um abuso na indicação da cesariana”, diz.

No entanto, afirma o especialista, é difícil fazer uma pesquisa com essa no país pela falta de dados detalhados dos motivos que levam ao parto cirúrgico. “No Brasil, por exemplo, nenhum médico anota se o parto cesárea foi a pedido da paciente. Mas é fato que os pedidos da mulher no fim do pré-natal são mais frequentes. Não ficariam em último lugar como nesse estudo”, acredita. Segundo Eduardo, a maioria das grávidas começa falando em parto normal, mas, ao longo da gravidez, ela perde a segurança e muda de ideia. É nesse momento que o obstetra pode ajudar o casal a esclarecer mitos e medos do parto vaginal.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Fumar na gravidez reduz o colesterol bom das crianças

Segundo estudo, quando a mãe fuma durante a gestação aumenta em até 15% as chances de doenças cardíacas no filho aos 8 anos


Todo mundo já sabe de cor os malefícios que o cigarro pode causar – quem não se lembra das fotos estampadas no maço de cigarro, mostrando bebês prematuros? Além da criança nascer antes do tempo, ela pode ter doenças cardíacas, respiratórias e até retardo mental. Uma nova pesquisa, realizada pela Universidade de Sidney, na Austrália, mostrou que o cigarro  leva a criança a ter níveis mais baixos de HDL, o colesterol bom, conhecido por proteger contra doenças cardíacas.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram os efeitos do cigarro durante a gestação na parede das artérias e nos níveis de lipídeos e proteínas no sangue de 405 crianças saudáveis, de 8 anos. Os resultados mostraram que os níveis de HDL variaram cerca de 0,15 mmol/l entre filhos de mães fumantes e não-fumantes, mesmo após levar em consideração fatores que poderiam influenciar no resultado, como duração do aleitamento materno, sedentarismo e índice de massa corporal. Para os cientistas, essa diferença pode resultar em um risco aproximado de 10 a 15% maior de doença coronária em filhos de mães que fumam.

Segundo o obstetra Norberto Antônio Freddi, do Hospital e Maternidade Santa Catarina (SP), o estudo é mais um alerta sobre a importância de as mulheres fugirem do cigarro especialmente na gestação. “Níveis baixos de colesterol HDL aos 8 anos sugerem sério impacto sobre a saúde no futuro, já que a tendência é a de que esses níveis continuem assim quando a criança chegar na vida adulta”, diz o especialista.