terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ioga durante a gravidez previne dores nas costas

Exercícios que fortalecem a musculatura lombar e auxiliam na respiração podem evitar o problema
Dores nas costas, em especial na região lombar, são comuns durante a gravidez por causa do ganho de peso e a modificação da postura. Mas é possível solucionar e até prevenir esse problema com a prática da ioga. É o que diz um estudo realizado pelo Group Health Research Institute, nos Estados Unidos.

A pesquisa, que contou com participação de 228 pessoas, não foi dedicada a gestantes, mas o resultado cabe perfeitamente a elas. “A ioga fortalece a musculatura lombar, melhora a postura e faz a grávida entrar no eixo, diminuindo as dores nas costas”, diz Luiz Fernando Leite, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Joana (SP). E esse não é o único benefício que a prática traz. “Ela ajuda a gestante a aliviar a ansiedade, melhorar a respiração e fortalecer o vínculo entre mãe e bebê”, diz Mari Cardeal, instrutora da Aruna Yoga (SP).

Quando começar?

É possível praticar ioga desde as primeiras semanas de gestação. Os exercícios que envolvem alongamento, técnicas de respiração e relaxamento são de baixo impacto e não oferecem riscos. Mas a gestante deve estar se sentindo bem e, principalmente, consultar seu médico antes de começar (o que vale para qualquer atividade física). “Só não recomendo para grávidas que têm sangramento, histórico de partos prematuros ou pressão alta”, afirma Leite. “Para todas as outras, a prática de exercícios leves só traz benefícios”, completa.

Existem diversos cursos para as gestantes, com exercícios específicos que são divididos de acordo com a idade gestacional. “Bem no início da gestação, quando ainda não é recomendado muito esforço, as grávidas exercitam mais a respiração. A partir do segundo trimestre, ela vai trabalhar a musculatura, o que dará melhores condições para o corpo que vai sofrer muitas alterações”, diz Mari. Vale lembrar que a regularidade da prática é importante para se conseguir resultados, mas sempre (sempre!) você deverá respeitar o seu limite.