quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mariah Carey bebeu cerveja escura para aumentar a produção do leite

 O mito de que a bebida pode ajudar no aleitamento oferece risco para o bebê. Saiba a seguir o que faz diferença (mesmo!) para você garantir o leite do seu filho



A notícia de que a recente mãe de gêmeos Mariah Carey estava tomando cerveja no hospital para estimular a produção de leite agitou os tabloides no exterior na última semana. Inclusive, uma assistente social havia sido chamada ao local depois de uma denúncia de que havia pacientes ingerindo bebidas. Em entrevista ao programa da CNN Showbiz Tonight, na última quinta (12), o marido da cantora, Nick Cannon, acredita que a confusão toda aconteceu depois que alguém ouviu a sugestão de uma enfermeira à esposa para que ela tomasse cerveja escura. Como ela tomou uma pequena quantidade, o fato, segundo Cannon, foi usado contra eles. Mas, afinal, esse conselho que Mariah recebeu faz algum sentido?

Tomar cerveja escura é apenas um dos mitos populares que escutamos por aí de como seria possível aumentar a produção de leite. E vale reforçar que bebidas alcóolicas durante o aleitamento – assim como na gravidez – oferecem risco ao bebê. “Tudo o que a mãe come ou bebe pode passar pelo leite e chegar até o filho, em maior ou menor quantidade”, diz Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP). Mães que ingerem muito álcool enquanto amamentam prejudicam o desenvolvimento da criança, desde a estatura até atraso do desenvolvimento neuropsicomotor.

Na lista de sugestões milagrosas entram a canjica e canja de galinha. “O que acontece é que a produção de leite demanda uma energia grande e esses alimentos são muito calóricos, com um tipo de carboidrato de absorção rápida pelo corpo. Isso aumentaria a energia corporal e também poderia ajudar na produção do leite. Mas nada disso é preciso”, afirma Alexandre. O que faz diferença é manter uma alimentação balanceada e ingerir caloria de maneira equilibrada ao longo do dia e não em picos como nos casos acima. E, principalmente, beber muito líquido.

Vale reforçar que o principal estímulo para a produção de leite materno é a sucção que o bebê faz no mamilo da mãe - processo que estimula a produção da prolactina e, assim, o leite. O bem-estar da mulher também é item fundamental. Segundo o especialista, uma das principais causas de não produção do leite é o estresse. Por isso, lembre-se de que o leite não vai aparecer assim que o bebê nascer.

Durante os primeiros dias, quando o que sai do seio é o colostro (riquíssimo em anticorpos, que serve como uma vacina para proteger o seu filho), o bebê vai consumir a reserva de gordura que acumulou dentro do útero, porque esse alimento inicial não nutre. Por isso, é normal ele perder peso nesse começo e recuperar aquele que nasceu por volta do 10o dia. Não tem nada de leite fraco aí! Fique tranquila. Só por volta do terceiro ou quinto dia é que você vai notar a mama mais pesada, dura, que pode até dar uma sensação de calafrio. É o momento em que a produção de leite começa – e a partir de quando o bebê começa a ganhar uns quilinhos também. Confira aqui mais dicas de como garantir que a amamentação dê certo e como enfrentar os contratempos que podem surgir nos primeiros dias. E aproveite esse momento especial e de cumplicidade – só seu e do bebê!

Fonte: Revista Crescer