terça-feira, 17 de maio de 2011

Qual é o melhor anticoncepcional para cada fase da sua vida

Este ano a pílula anticoncepcional completa 50 anos. E uma novidade: um novo método que a mulher pode usar assim que tiver o bebê. Saiba mais

Há cinco décadas, surgia a pílula anticoncepcional, que protegia a saúde da mulher e dava a ela o porder de escolher quanto tempo esperar para engrevidar. Uma invenção capaz de revolucionar não só o mundo feminino, mas as relações em si, independentes do sexo. Criada em 1960 e distribuída no Brasil pela primeira vez em 1962, é, ainda hoje, a forma mais utilizada quando se trata de métodos contraceptivos. Segura, ela é a opção número um de cerca de 23% das mulheres em idade reprodutiva.

Hoje, tantas pesquisas e aprimoramentos depois, a pílula anticoncepcional não é mais sinônimo de doses extremas de hormônios. As baixas dosagens ajudam a evitar uma gravideza e também colaboram para regular o ciclo menstrual, combater a acne, diminuir a formação de cistos ovarianos, reduzir a incidência de doença benigna de mama e combater a deficiência de ferro, entre outros.   


Contraceptivo em uma versão pós-parto

E é justamente no ano em que completa meio século que uma de suas “versões mais modernas” chega à rede de saúde paulista. Os implantes contraceptivos não são mais novidade, mas a possibilidade de sair do hospital com seu bebê e seu bastão anticoncepcional já instalado sob a pele é. Um estudo realizado com 40 mulheres em Ribeirão Preto consistia em implantar um liberador do hormônio embaixo da pele da mulher de 24 a 48h após o parto. A recomendação anterior dos órgãos de saúde pedia uma lacuna de seis semanas, o que acabava comprometendo a adesão de muitas mães. Esse anticoncepcional é apresentado em forma de bastão, tem quatro centímetros de comprimento, e é colocado na camada subcutânea, liberando hormônio etonogestrel por três anos. Apesar das inúmeras vantagens, quem quiser se ver livre deste problema antes mesmo de voltar para casa depois do parto, deve estar a par de que este não será um procedimento barato. Ainda não disponível em redes públicas, o bastão custa R$700 , sem contar os valores da inserção cirúrgica. “Agora, nossa luta será provar que o custo-benefício desse método é vantajoso para o Sistema de Saúde no Brasil e colocá-lo na rede pública. Basta calcular o que se gasta com pré-natal, parto e manutenção dessas crianças”, explica a professora Carolina Sales Viera Macedo, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.


O melhor contraceptivo para você

O bastão é uma das formas que você pode usar para evitar uma segunda gravidez. Veja aqui uma lista com os demais contraceptivos. Converse com seu médico e veja o que é melhor para você:

Barreira

Dentre os métodos considerados de “barreira”, que impedem a chegada do espermatozóide ao óvulo, estão, além da clássica camisinha:

Diafragma

De borracha ou silicone, ele recobre o colo uterino e pode ser reutilizado. Ele deve ser colocado cerca de 15 minutos antes da relação sexual, e deve ser retirado até 6 a 8 horas depois. Existem algumas alterações anatômicas que impedem seu uso.
Dispositivo Intra-Uterino (DIU)
O DIU é um dispositivo geralmente feito de cobre, colocado dentro do útero. Existem dois tipos principais: o DIU de cobre, disponível no sistema único de saúde, e o DIU com hormônio, de alta eficácia e que apresenta uma ação especial de alterar o muco do colo uterino, impedindo que os espermatozóides cheguem ao útero. O DIU é colocado pelo médico, de preferência durante o período menstrual, e apresenta durabilidade de alguns anos.

Hormonais

Além deles, existem os métodos de contracepção hormonal, que carregam, geralmente, associações de tipos de estrogênio e progesterona, como as pílulas anticoncepcionais, já citadas no início da matéria. Outras opções são:

Contraceptivos Injetáveis

Assim como em suas variações orais, as injeções anticoncepcionais ministram ao paciente uma dose combinada e específica de hormônios. São dois tipos – mensal e trimestral. Ambas apresentam extrema eficácia e a vantagem de só ter que se preocupar com isso de tempos em tempos.

Implantes

Em cápsulas ou bastões, são implatados sob a pele e liberam doses de hormônios aos poucos. Podem durar até três anos.

Anel Vaginal

São anéis de plástico com hormônio que são inseridos dentro da vagina, e deixados por três semanas. Depois deste período o anel é retirado por uma semana e depois recolocado, reiniciando o ciclo.

Adesivos Cutâneos

Seguindo a idéia dos implantes, um adesivo recheado com hormônios é colado, desta vez, sobre a pele, liberando doses do anticoncepcional ao longo do mês.

Pílula do Dia Seguinte

Como o próprio nome já diz, esse é um tipo de medicamento que deve ser usado somente em casos de emergência, e esporadicamente. Além da quantidade de hormônio existente ser maior que as pílulas convencionais, o índice de falha não é baixo. Se usada com mais freqüência, pode trazer problemas para a mulher, como alteração no ciclo menstrual.


Contracepção Cirúrgica

Laqueadura

O método consiste em esterilizar a mulher bloqueando as trompas de falópio para que o espermatozóide não consiga chegar ao óvulo. Para realizá-la são utilizados anéis de plástico, clipes de titânio, corte e/ou ligamento das trompas entre outras técnicas.

fonte: Luana Martins Spoll, estudante de psicologia e voluntária em hospitais públicos da região do ABC.